segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Guga Faz Planos e Admite Ainda Sentir o Quadril

Guga Faz Planos e Admite Ainda Sentir o Quadril


18/11/07


Florianópolis (SC) - Em entrevista a Rodrigo Cardoso, da revista IstoÉ, Gustavo Kuerten abordou uma série de questões sobre o momento atual do tênis e sua vida pessoal. Focado em investir no Instituto Guga Kuerten - que auxilia pessoas com deficiência - e também em seguir a carreira como tenista, o ex-número 1 teceu uma série de opiniões. Guga falou sobre a máfia da manipulação de jogos, o motivo de o Brasil não ter jogadores brigando por títulos e também comentou o problema no quadril.

Sobre o escândalo de compras de jogos e apostas ilegais, o tenista foi enfático ao dizer que delataria os envolvidos assim que fosse abordado. "Eu denunciaria no dia seguinte. Não sei por que quem recebeu (proposta) não falou. Talvez tenha falado e ninguém deu ouvidos. É importante deixar claro que não é só o jogador que sabe disso. Deixar só nas costas do tenista não está certo. A ATP fez algumas coisas para coibir, mas não foi a fundo".

Com planos para o futuro, Guga pretende estudar matemática ou física, mas quer mesmo é que sua fundação cresça cada dia mais. O dinheiro investido em projetos esportivos e para melhorar a qualidade de vida de deficientes já ajudou cerca de 25 mil pessoas. Seu irmão Guilherme, recém-falecido, nasceu com paralisia cerebral. Guga tinha um carinho especial pelo caçula e lhe dava de presente os troféus conquistados.

Ajudar no desenvolvimento do tênis brasileiro é outra meta do catarinense, que se mostra indignado com o fato de o Brasil não ter um tenista brigando pelas primeiras posições do ranking. "Tivemos o número 1 do mundo e, passados cinco anos do boom, o tênis está pior do que em 1995, quando eu apareci", dispara o tricampeão de Roland Garros. "Têm jogadores brasileiros que se acomodam e não pensam em dar tudo para ser o campeão, como acontece com caras do exterior".

Quanto ao quadril - já operado duas vezes - Guga diz ainda sentir incômodo, mas não prevê a aposentadoria. "Tenho ainda bastante restrição no quadril. A dor não é minha principal inimiga. Há situações de instabilidade e mobilidade muito piores do que a dor", admitiu. "No tênis, sempre joguei para mim, individualmente. Enquanto eu tiver comprometimento, força de vontade e prazer, acho que é exemplo para qualquer um. O exemplo não é a vitória. O exemplo é a conquista pessoal", afirmou o ex-número 1.

Guga disputou sua última partida ao lado de Carlos Moyá, no Masters Series de Madri. Os amigos chegaram a ter quatro match-points, mas acabaram derrotados pelos argentinos David Nalbandian e Guillermo Cañas. Em simples, o catarinense jogou pela última vez no Masters Series de Miami e também caiu na primeira rodada, eliminado pelo holandês Raemon Sluiter. O fato é que o tenista pouco entrou em quadra nesta temporada. "O ano de 2008 será de respostas. Tomara que sejam boas", torce Guga.



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